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Bloodly Moon - Episódio 2

Iniciado por MagEyel, 02/10/2013 às 01:20



Episódio 2 -   Um Novo pesadelo começa

"Mizuki, quero que você fique com essa corrente, é uma herança de família, eu quero que você prometa para mim que nunca vai sair de casa sem usar ela, quero que de preferencia você use-a o tempo todo, ela irá te proteger de todo mal."

Meu pai colocou então a corrente no meu pescoço gentilmente, ele estava com um ar pesado e aparência preocupada.

Mizuki: "Ela é muito linda, eu prometo sim Papai, eu irei usa-la"

"Filha, quero que você saiba... não importa o que aconteça, eu sempre vou amar você"

Essas palavras começaram a me intrigar, eu então percebi que algo estava diferente..

Mizuki: "Está tudo bem papai, tem algo de errado?"

"Está tudo bem, já é quase meia noite, é melhor você ir para a cama"

Então eu fui me deitar, a noite estava muito fria, o céu estrelado com uma Lua Cheia, o vento soprava e as arvores balançavam, o vento estava tão forte que fazia barulho parecido com assovios, eu estava com um pouco de medo, era 23 de Junho de 2003, eu tinha apenas 8 Anos, nessa noite eu demorei para adormecer, eu tinha um urso de pelúcia grande na minha cama, então eu abracei ele forte e por volta das 1:15 da madrugada eu peguei no sono...

...Aproximadamente 3:48 da manhã ouvi barulho de móveis quebrando e imediatamente acordei, ouvi meu Pai gritando como se estivesse agonizando, depois ouvi um barulho de um animal, como se fosse um cachorro, depois ouvi barulho de um sino tocando, depois barulho de uma arma disparando 5 vezes, logo me escondi em baixo da cama, e comecei a tremer, minha mãe entrou no quarto chorando e procurando por mim, vi que era ela então sai de baixo da cama assustada, minha mãe chorando correu para perto da janela, e disse

"Mizuki, precisamos sair daqui imediatamente"

Ela abriu a janela do segundo andar e nós fomos para o telhado, eu segurei meu urso de pelúcia com uma mão, e a mão da minha mãe com outra, era muito alto o segundo andar até o chão, minha mãe me pegou no colo e pulo para o térreo, ela machucou a perna devido a queda e o peso de me carregar nos braços, então ela disse

"Mizuki, quero que você corra o mais longe que puder, e não volte pra cá, quero que você corra o mais rápido possível"

Mizuki: "Não mamãe eu tenho medo de andar sozinha durante a noite, eu não quero deixar você"

Ela me respondeu: "Não seja covarde que nem o seu pai, eu estou mandando você ir embora agora, eu não quero mais te ver, eu estou te expulsando, nós não te amamos mais, vai procurar outra família"

Comecei a chorar e com as duas mãos apertei o meu urso de Pelúcia e disse
Mizuki: "Voc.. Você está mentindo, porque você não iria me amar mais?"

Minha mãe não conseguia se levantar mas mesmo assim gritou:
"Vai embora agora"

Então sai correndo, pelo quintal de casa onde tinha um portão onde iria pra Rua, tinha muitas arvores no quintal e muitos arbustos, então ouvi um homem saindo de dentro da casa com um revolver na mão, e notei que ele tinha um sino com asas tatuado no braço direito próximo da mão, ele apontou a arma na cabeça da minha mãe e disparou uma vez...
Vendo aquela cena sai correndo o mais rápido que pude, fui em direção ao mato e não parei de correr.
Eu corri até chegar próximo da estrada, o sol já estava nascendo, fui atravessar a Estrada e um carro passou com tudo e buzinou, o carro perdeu o controle e saiu fora da estrada, saiu então um homem do carro muito gentil e disse:

"Ei garotinha, você está bem?"

Mizuki: "Er.. e.. eu estou bem"

"O que você está fazendo logo cedo em um lugar tão perigoso sozinha? Cade os seus pais?"

Mizuki: "E.. Eles foram mortos.."

"Sinto muito, mas quem cuida de você?"

Mizuki: "E.. El.. Eles foram mortos essa noite" e então comecei a chorar..

"Isso é sério? Onde você mora? Vamos, entra no carro, vou ligar para a Policia"

Eu entrei no carro e o homem dirigiu até um posto na estrada e ligou para a pólicia.

"Alô, eu preciso de uma viatura policial, eu encontrei uma garota na estrada sozinha e disse que os Pais dela foram mortos"

Policial: "Estamos mandando a viatura para verificar agora mesmo"

"Obrigado, estou aguardando, ei garotinha, qual é o seu nome?"

Mizuki: "Meu nome é Mizuki"

"O meu nome é Hitoshi, sabe dizer onde fica sua casa Mizuki?"

Mizuki: "Minha casa era na estrada de Sanryu, uma casa amarela..."

Em questão de 10 minutos chegou até o posto uma viatura policial, estava inquieta, em estado de choque, eu havia visto uma cena que nunca mais iria esquecer, uma cena que iria afetar o meu modo de viver daqui pra frente, o destino havia colidido com o meu presente e assim aconteceu a maior tragédia que eu já havia visto, eu perdi os meus Pais, as pessoas que eram mais importantes para mim, agora eu estou sozinha no mundo... Ou não...

21 de Abril de 2013 – 22:33

Então eu acordei, havia mais uma vez sonhado com o que me aconteceu no passado, há 10 anos atrás, eu era uma garotinha, hoje tenho 18 anos de idade, ainda estou no colegial, no meu ultimo ano, eu parei de estudar um ano devido ao trauma que sofri, frequentei Psicólogos, Psiquiatras, e até hoje eu faço terapia, meus pesadelos tem diminuído, mas sempre acabo surtando e gritando durante a noite durante os pesadelos...

Eu acordei estava em um lugar frio, escuro, estava presa com cordas e correntes, as amarras estavam feitas minuciosamente, como se não fosse para eu escapar de forma alguma, mas me perguntei porque daquelas correntes, e então fui me dando conta que estava sendo perseguida por homens de sobretudo preto, então um deles me segurou e logo senti uma dor constante por todo o meu corpo e então desmaiei.

Eu ainda não conseguia me mexer muito bem, estava dentro de um lugar pequeno, presa em uma cadeira de ferro, havia uma porta de ferro que aparentava ser muito resistente, eu então estava assustada e preferi ficar quieta.

Então ouvi barulho de duas pessoas conversando "Pegamos mais um, é uma garota, aparentemente bem jovem"   "Ela tentou reagir?"   "Ela não reagiu mas tentou fugir"   "Bom, de qualquer forma teremos que sacrifica-la enquanto ela não tenta reagir, façam os preparativos"

Kiuto – Eu estava dentro do galpão onde havia diversos carros, haviam caixotes de madeira, alguns cheios de correntes de prata, outros não havia nada, me escondi dentro de um caixote de madeira, e ouvi que aqueles homens pretendiam sacrificar aquela garota que acabaram de capturar, mas porque eles fariam isso? Ela aparenta ser inocente, não que eu me preocupe com os humanos, mas durante esses 400 anos sempre quis entender porque eles são tão violentos com eles mesmos, porque eles matam os da mesma espécie que eles se o propósito não é se alimentar? Isso que eu nunca entendi, eu apenas fiquei curioso e segui após ver esses acontecimentos, mas não consigo entender, quanto mais tento entender mais fico confuso, então agi por impulso, saltei do caixote e já pulei em cima do homem que estava com a seringa, ele tinha um liquido que pelo cheiro era letal, então entrei em conclusão que eles iriam matar aquela garota sem violência, porem de qualquer forma iriam mata-la, eu arranquei a cabeça daquele homem usando o meus dois braços, o esquerdo como apoio em cima do ombro, e o direito fazendo uma gravata no pescoço dele e puxando com toda a força, o outro homem gritou, então o matei atravessando a minha mão em seu coração, pude sentir o coração daquele homem bombear sangue enquanto eu o segurava então eu o arranquei com toda força, o sangue fresco daqueles dois homens se respingavam e preenchiam o vazio daquele chão sujo e velho, então comecei a ouvir os batimentos daquela garota dentro da sala onde estava presa, ela estava ficando com medo, muito medo, começou a transpirar de medo e seus batimentos aceleraram muito, logo após ter ceifado a vida daqueles dois homens desconhecidos eu tentei quebrar a porta com diversos golpes com o punho fechado, aquela porta parecia ter sido feita para suportar uma força demolidora, então decidi procurar a chave para abrir a porta e assim economizando minhas energias que mal eram capazes de entortar aquela porta altamente resistente, a garota continuava a tremer mais, ela então começou a chorar de temor, eu destranquei a porta com uma chave que estava toda ensanguentada próximo á mão de um dos homens, eu então silenciosamente entrei na sala e fechei a porta e olhei para a garota, ela olhou no fundo dos meus olhos e quando viu que eles estavam vermelhos e eu todo ensanguentado ela se encolheu e fechou os olhos e o choro diminuiu porém as lagrimas aumentaram, ela estava tentando chorar em silencio, tentando chorar menos, tentando parar de chorar... Mas o medo do desconhecido era mais forte que ela, eu então me direcionei até ela e arranquei as cordas e os cadeados das correntes e a libertei completamente de sua cadeia de cordas e correntes, eu então segurei o seu rosto apoiando minha mão direita sobre o seu queixo e perguntei
Kiuto: "Qual é o seu nome?"

Ela então engolindo o choro a seco respondeu com uma voz tremula e insegura

"M.. Mi... Mi...zu..ki"

Kiuto: "Mizuki?... Belo nome... você esta liberta, você deve ir embora agora, mas antes..."

Eu então olhei profundamente nos olhos de Mizuki e disse

Kiuto: "Você vai se esquecer de tudo que aconteceu aqui, você vai pra sua casa, vai continuar vivendo a sua vida como se nada tivesse acontecido, você vai ser feliz, você nunca mais irá se deparar com algo tão aterrorizante como eu na sua frente, quando eu estalar os dedos você vai pra sua casa"

Eu então estalei o dedo, a Mizuki se levantou e saiu andando meio apressada, eu então sai andando normalmente, até que eu sai em alta velocidade correndo pra ir para casa.

22:58

Mizuki – Estava andando até o ponto de ônibus para pegar o ônibus até a minha casa, eu fiquei pensando, pessoas me sequestraram e queriam me matar, porque? E... aquele garoto... Seria ele um vampiro? Qual o nome dele? Porque ele me salvou? Um vampiro salvando uma pessoa de outras pessoas? Porque ele tentou me hipnotizar? Porque eu não fui hipnotizada como ele quis? Porque lembro de tudo? Será que estou amaldiçoada a passar por traumas e nunca poder esquecer? Se eu disser isso para a minha terapeuta ela vai querer que eu me interne, eu vou ter que guardar isso comigo, ninguém vai acreditar no que aconteceu, vão dizer que isso é tudo coisa da minha cabeça, vão dizer que assisti algum filme de terror e estou surtando, mas depois disso tudo... É tudo tão confuso para mim, eu sei que tudo que acabou de acontecer é real, é tudo real, pelo menos para mim... – Então chegou o ônibus e eu entrei, o ônibus estava vazio, e eu fui pra casa... O medo ainda tomava conta de mim, mas a curiosidade também...
- Esses anos todos eu fiquei sob a guarda do Hitoshi, ele é um velho bondoso, eu chamo ele de pai, a Terapeuta me disse que só de ter alguém para chamar de pai iria ajudar muito, então aproximadamente depois de um ano da morte dos meus pais comecei a chamar o Hitoshi de Pai, nada mais justo já que ele me cria há 10 anos.
- Cheguei em casa e fui direto para o computador, comecei a pesquisar na internet sobre vampiros, procurei bastante, comecei a pesquisar sobre mortes na cidade, sobre assassinatos, e então adormeci em cima da mesa do computador...
Acordei por volta das 3:34 da manhã, fui deitar na cama e deixei o computador ligado.
Então o despertador tocou por volta das 10:00 da manhã, eu estava com muito sono e desliguei o despertador e voltei a dormir.
Por volta das 11:12 o Hitoshi bateu na porta e disse "Mizuki, posso entrar?"

Mizuki: "Pode sim Pai"

Hitoshi: "Você não levantou, você está bem? Você deixou seu computador ligado?"

Mizuki: "E.. E.. Eu estava fazendo algumas pesquisas.."

O Hitoshi foi até o computador e olhou.

Hitoshi: "Pesquisando sobre vampiros e mortes que ocorreram na cidade? Qual o seu interesse em vampiros?"

Mizuki: "Só curiosidade, eu nunca tinha lido"

Hitoshi: "Mizuki, você deve evitar ler sobre isso, sua terapeuta não quer que você veja nada que tenha violência ou terror, isso não te faz bem, seus pesadelos podem voltar."

Mizuki: "As vezes aquilo que parece ruim pode ser bom, existem lobos na pele de cordeiros, porque não poderiam existir cordeiros na pele de lobos?"

Eu então acabei de notar o que havia dito, acabava de afirmar para meu pai e para mim mesma que talvez aquele ser aterrorizante seja apenas um cordeiro na pele de um lobo...

Hitoshi: "Mizuki, Vampiros são invenção, se existissem vampiros eles seriam piores que as pessoas, pessoas tem capacidade de fazer o mal, imagina se esses humanos tivessem poder? Vai tomar café da manhã e depois ir pra escola"

Percebi então a preocupação no olhar do Hitoshi, ele estava muito preocupado comigo, mais do que jamais tinha ficado.
Eu então fui tomar café da manhã e sai para a escola...
Quando cheguei na escola comecei ouvir comentários estranhos, as pessoas estavam comentando sobre um corpo carbonizado que foi encontrado dentro de um saco em uma caçamba, então o assunto da escola do dia era esse, não se falava em outra coisa, eu então curiosa perguntei a um garoto que estava com um jornal no chão

Mizuki: "Posso ver o jornal?"

Garoto: "Claro"

Comecei a ler o jornal, as informações diziam "Corpo carbonizado encontrado em uma caçamba de um pé sujo local no subúrbio, o dono do local foi capturado e interrogado, porém ele alega ter perdido completamente a memória sobre a noite passada..."

Então após ler essa noticia surgiu a duvida na minha mente: Será isso obra de um vampiro escondendo vestígios de que se alimentou do sangue de um homem?...