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Demência Infantil

Iniciado por Elyven, 02/12/2012 às 17:48

02/12/2012 às 17:48 Última edição: 05/12/2012 às 17:38 por Elyven
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Notas da Autora
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Terror Sobrenatural cheio de humor negro que despertará o riso e o medo. Uma minissérie.  Um esquema de arrojar-se às cortinas de um futuro projeto. Mas antes disso, para entender a minissérie de Elyven Velvet,será preciso ler outro conto: Ônibus Phantasmagórico. Não é necessariamente obrigatória à  sua leitura. Portanto este conto quando finalizado ligará uma ponte com o terceiro. Sendo assim, terei um roteiro fechado para um game. Ônibus Phantasmagórico — Demência Infantil ( três partes)—,Macdowell: Assassino em Série  (duas partes) pra finalizar. Boa leitura.  Conto by—Elyven Velvet.
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Demência   Infantil
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No acampamento Howstuffworks   estamos reunidos para mais uma noite aborrecida. Eu, Elyven Velvet uma garota de dezoito anos, viciada em "coisas estranhas" que muitos Internautas já conheceram como à louca que escreveu o pior conto relatando um suposto aparecimento de um tal Ônibus Phantasmagórico.

Tyler, meu irmão caçula, aquele que ajudou com a campanha "O Paranormal Existe" aceitou o convite e veio junto comigo para o acampamento.   E Eliot, que não apareceu por aqui. Eliot deveria estar aqui. Onde diabos está ele?   Um grupo de adolescentes se reuniam ao redor da nossa fogueira.

A pior coisa acontecera em nossas vidas; fomos privados da Internet no final de semana.   E portanto o acampamento Howstuffworks é um suposto local de encontros religiosos situado nas montanhas da califórnia.   Um local muito bonito e calmo, para quem procura descansar.

Ninguém tinha assunto para desenrolar que não fosse matérias do colegial. Eu me ocupava de lançar no fogo que crepitava pequenos gravetos secos. Estavam todos unidos em pequenos grupos, recebendo atenção dos coordenadores do acampamento.   

No meu grupo havia mais quatro estudantes além de Tyler. Dean, um garoto muito estranho que aparentava ter seus dezenove anos.   Foi forçado ir para o campo porque seus pais já não  suportavam vê-lo trancado em seu quarto,navegando na Internet. Penso que não era muito vantajoso para eles.

Mônica, uma garota   invejosa cheia de si, até   poderia afirmar que era minha sósia. Freed, um aspirante ao Jornalismo. E por fim, Batista, um garoto brasileiro que havia entrado para a colégio recentemente.

Vamos deixar os detalhes de lado e ir direto ao assunto; eu me consumia no tédio.   Esta era a verdade.   Fiquei completamente constrangida com o desfecho   do meu ultimo conto: Ônibus Phantasmagórico. Virei motivo de chacota no Williams College. Tyler me fizera um grande favor de postar minhas loucuras na Internet.   E mamãe, sempre desconfiada, sugeriu que eu consultasse uma psicóloga uma vez por semana.

E aqui estou, enfiada no meio do mato com alguns desconhecidos.
   
Mônica apanhou um cigarro e perguntou:

—O fumo   a incomoda, srta Ely?

Eu sorri em resposta e ela acendeu o cigarro, espalhando no grupo o cheiro forte e um tanto agradável da fumaça.

—É um dos poucos prazeres que os médicos ainda me permitem —disse ela. Tinha uma voz simples, mas extraordinariamente irritante que enchia facilmente o grupo. Também puxei de uma fumaça do seu cigarro e tossi. O cigarro era muito forte.

Em alguns Estados eram proibido seu uso. Portanto no acampamento Howstuffworks até os coordenadores fumavam escondidos.   Só não entendia como alguém poderia refugiar-se no mato, todavia que dissipávamos o tédio. E não havia repreensão da parte deles.   Tyler não fumou, era menor de idade e não compreendia estes assuntos ou talvez fingia-se de bobo.

—Então, Tyler, aquela baboseira do ônibus fantasma é verdade ou não? —disse Dean, forçando um riso.
—É boa! —murmurou Tyler, mas escute essa! —Daí por diante, meu irmão teve a incrível arte de irritar alguém, especialmente, eu.

—Minha irmã têm uma história pra contar.   Ela é professora em contar histórias de terror.

Tyler fêz uma pausa, e me encarou nos olhos.

—Você está muito calada, Ely. — disse ele.
—Só observo.   

O grupo achou uma boa ideia.

—Você é muito popular com suas historinhas Ely! Vamos lá! Conte uma história pra gente. —disse Dean, abraçando os joelhos.

Por fim acabei cedendo. Nossos relógios marcavam meia-noite e quarenta e cinco.

—Eu conto, depois vou dormir.   Pelo visto, a unica louca aqui sou eu.   Todos preparados?
—Sim, estamos! —exclamou Mônica se remoendo de inveja. Não tinha uma mente fértil como eu.   Depois que todos se ajeitaram perto da fogueira, esperei que fizessem silencio. Iniciei:

—Olhe em algum relógio, que horas são?   Meia noite e quarenta e cinco. Em seu colo ela carrega um afiado machado. Quantos já não provaram deste metal gelado. Cada noite uma ferramenta, cada noite uma vida que ela tormenta. Viajando em cidade em cidade, sempre durante a noite. Mas ela não é um mostro sobrenatural, é muito pior, é humana. Uma criança. Muitos alegam que é uma aparição. Uma pulsante. Que   foge do limbo para alimentar-se das almas pecadoras.   Ela sabia e ainda sabe que a realidade pode ser bem mais cruel a ficção da imaginação.   Ela nem se lembra quando começou com esta carnificina toda.

Só lembra que o gosto é bom e a carne macia. Ela apenas gosta do escuro, com tantos recantos obscuros para esconder e observar, finalmente matar. Que horas são? Falta pouco, muito pouco.   —O silêncio constrangedor dominou o grupo e uma coruja soltou um pio arrastado   acima de nossas cabeças.

Ninguém se mexeu. Olhavam-me atentamente com seus olhos arregalados.   Prossegui:

—Ela só quer saciar sua fome, o estômago está inquieto. E a imaginação voa rapidamente. Se o populacho quer Internet e sexo, ela quer sangue e dor.   Como qualquer outra, uma fanática espectadora.   Buscando pelo seu pão e circo. O desejo de todo povo!   Preferem escapar da realidade, deixarem a família manipulá-los, mas não trocam seu pão e seu circo por nada. E ela também busca sua diversão.   Onde ela está?   Está aqui no   acampamento Howstuffworks. Estripando e devorando algum desavisado. Bebendo o sangue em cálice de prata e comendo carne mal passada, cuidadosamente preparada. E muito bem temperada.   


—É uma canibal? —perguntou Deam, horrorizado. Olhando para a Coruja que não desprendia seus olhos dele.
—É a filha do diabo—eu disse.
—Onde ela está? —Indagou Mônica.


Mônica apertou os olhos e não enxergou muita coisa além de árvores e uns vultos.

—Pode ser que ela esteja dentro da sua barraca.—eu disse—Ou em algum lugar dentro deste matagal observando-nos. Experimentando nosso cheiro, excitando-se com nossas faces de medo e horror.   Que horas são? Hora de comer!   Ela está com muita fome.   Ansiando por nossos corpos, enquanto gritamos a se contorcer em agonia, chamando pela nossa deidade, apenas para saber que nenhuma ajuda virá atender nossas preces.   Ela quer seu sangue doce como mel. Amarrar você e rasgar sua pele e tingir-se com o vermelho de teu sangue.

Mônica começou a choramingar e apertou as pernas de Dean.   Tyler segurava o riso.

—Não precisa chorar, talvez ela arranque alguns de seus dentes para seus familiares.   Ou o crânio de Dean, Freed e quem sabe os olhos do Batista enfeitará a estante dela, segurando alguns livros sobre anatomia humana e culinária.      Com o machado vocês conhecerão o real significado da palavra dor. Vocês terão seus ossos sendo partidos com violência e precisão.   E todos   vocês descobrirão que em apenas alguns minutos uma pessoa pode desejar estar morta há   anos ou desejar nunca ter nascido.   E seremos a refeição perfeita, porque ninguém sentirá nossa falta, porque somos apenas estatísticas.   Ela anseia por isso, ela, a filha   do diabo, deseja um grande banquete.   Que horas são? Quem ela é? Vocês ainda perguntam?   

Ela nos conhece e vive dentro das casas abandonadas. Nada fora do normal e agora?   Deixe-me terminar. Ela deve estar agora afiando seu lindo machado para cortá-los ao meio.   Esta noite, a ultima talvez, podemos nos divertir um pouco mais antes de entrar para nossas barracas.   Ela está salivando por nossa imaculada carne pensando em todos os pratos do cardápio. Ela está nervosamente ansiando com a expectativa de nos comer.

—Você é muito perturbada, Elyven— disse Mônica. Ela se levantou e deixou o grupo. Estava assustada.   Entrou para sua barraca e não apagou o lampião.

havia se passado algumas horas desde então. Portanto Batista e Freed adormeceram. Tinham fumado demais. Já Dean, permaneceu em silêncio.    O coordenador acenou com as mãos. Hora de irmos dormir.

—Até mais, Ely—Disse Dean, acho que deixou a menina assustada de verdade.   
—Boa noite, Dean —eu sorri.

Dentro da nossa barraca, Tyler já se perdia no sono.   Apaguei o lampião com um sopro. O relógio marcava duas e quarenta e cinco da madrugada. Já  imaginava nossa madrugada. Nada boa. Portanto quando Elyven Velvet entra em colapso com seus lances paranormais, às coisas simplesmente acontecem ao seu redor.

Acreditem ou não, minha brincadeira de assustar às pessoas só havia começado...

...continua.

 :*-*: :*-*: :*-*:
Minha única reação ao conto, simplesmente maravilhoso, não me deu medo, na verdade, mas imagino como afetaria alguém no local. Gostei bastante da história, ainda vou contar ela para alguém na chance certa. As palavras foram muito bem escolhidas, e eu fiquei, na verdade, me perguntando se isso havia acontecido realmente nas primeiras frases.
Espero ver a continuação, fiquei muito curioso.

Citaresta carnificina toda.
A única parte que eu alteraria, acho que ficaria melhor tirar o toda e deixar apenas a "esta carnificina."
To Die Is To Find Out If Humanity Ever Conquers Death

Citação de: B.loder online 02/12/2012 às 22:56
:*-*: :*-*: :*-*:
Minha única reação ao conto, simplesmente maravilhoso, não me deu medo, na verdade, mas imagino como afetaria alguém no local. Gostei bastante da história, ainda vou contar ela para alguém na chance certa. As palavras foram muito bem escolhidas, e eu fiquei, na verdade, me perguntando se isso havia acontecido realmente nas primeiras frases.
Espero ver a continuação, fiquei muito curioso.

Citaresta carnificina toda.
A única parte que eu alteraria, acho que ficaria melhor tirar o toda e deixar apenas a "esta carnificina."

Olá mais uma vez, B.loder. Elyven é uma louca contadora de histórias que viveu uma grande experiência dentro de um Ônibus Phantasmagórico - ler este conto é importante - e tipo tudo é uma mini-série. Mas este, em especial é a primeira parte de um conto verdadeiramente Terror Paranormal. Acompanhe o seu desfecho para entender o que acontecerá no acampamento. Os acontecimentos não seguem a história contada por Elyven mas posso te garantir uma coisa: Vai acontecer coisas bizarras dentro da mata.  A minissérie será um projeto feito no RPG MAKER. Dividido em três capítulos: Ônibus Phantasmagórico - Demência Infantil - e Tyler: Assassino em Série.  Espero conseguir fazê-lo. Obrigada!!!!!! :wow:

Nota: Vou fazer a alteração sugerida. Obrigada por indicar.

É um prazer ajudar, no mais estou curioso sobre o projeto de rpg maker e o próximo conto, aguardo ansiosamente.
To Die Is To Find Out If Humanity Ever Conquers Death

Fazia tempos que não lia um conto de "terror" tão bem escrito, terror entre aspas mesmo, já que não fiquei com medo. Na verdade cheguei a rir da reação dos personagens  tamanha a qualidade da narração, e a forma como ficou clara a cena.

Meus parabéns, também quero saber o que nossa querida Elyven vai aprontar.




Olá,GuilhermeDL. Bom o foco é que o leitor sinta medo e ao mesmo tempo rir. Cheio de humor negro. Adoro humor negro. Mas toda crítica é bem vinda para meu aprendizado. No fim do conto, garanto - sim, eu garanto- que abrirá uma grande cortina para o roteiro completo do meu projeto.  Obrigada por ter tido a paciência de lê-lo. Não escrevo bem, mas estou me esforçando. Até mais!