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Funk: a sua opinião!

Iniciado por VincentVII, 23/11/2013 às 12:31

23/11/2013 às 12:31 Última edição: 23/11/2013 às 13:28 por VincentVII
Quem já frequenta a comunidade por algum tempo pode ter percebido que eu sou um grande opressor do funk. Sempre me agarro a qualquer possibilidade de poder falar mal desse gênero musical que, pra mim, já deixou de ser música para virar orgia sonora há muito tempo. Nada me deixa mais irritado do que aquele funkeiro do ônibus tocando o "pancadão" sem fones de ouvido no celular enquanto eu estou tentando ir para casa.

Pois bem, cá estava eu, tranquilo e serelepe, vivendo minha vida quando decido entrar no YouTube e ver quais vídeos novos estavam circulando por aí. E eis que me deparo com a seguinte cena:



Se você foi mais inteligente do que eu e não clicou no de Play, vou lhe contar do que se trata: no vídeo vemos o nosso amiguinho "mais encorpado" (AKA: O Mestre da Putaria) aí repetindo diversas vezes frases como "Senta no meu piru!" e "Meu pau de cavalo" sob aquela velha e manja batida do funk.

Como já era de se esperar, o vídeo está no seu caminha de se tornar viral (tal como seus predecessores Nissim Ourfali e Carioca Girls) e o nosso amigo Emmanuel Equino Aquino já é um forte candidato ao Miss Bullying da Semana. Os votos negativos já superaram os positivos (outra novidade) e piadas como MC Friboi, MC Polenguinho na Teta e o meu favorito MC Fast Food já dominam a aba de comentários.

O que mais me surpreende no vídeo é que eu não fiquei surpreendido. Depois de ter assistido tudo eu fiquei com uma expressão do tipo "Eu já esperava por isso!". Pra mim o funk já chegou numa proporção em que parece que não existe outra solução senão dar um Reset na vida e começar tudo do zero.

E depois dessa falação toda eu pergunto a vocês meu caros companheiros de comunidade: Vocês acham que o funk está num nível tão ruim assim nos quesitos de musicais e sociais?

Viva a lenda!



Eu gostaria de saber quando é que o funk foi boa música ?
Eu tenho um CD muito antigo,de funk,só que é do funk de antigamente,quando não
tinha todo esse palavreado que tem hoje,antes era uma música para diversão.Hoje
o funk nem pode se falar que é um estilo musical.Na minha opinião,sim,o funk está
muito ruim,tanto musicalmente quanto socialmente.
Prazer, Terror dos Modinha

Eu sou contra a sua opinião, tão contra que era capaz de utilizar palavras não bem-aceitas pela sociedade para descrever. Não se pode condenar um gênero musical por seus músicos, pois é possível aplicar qualquer letra e mentalidade em qualquer gênero (um bom exemplo é o un-Black Metal cristão).

Fala aê, Coca:

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Você pode fazer o que quiser com um gênero, ele não é limitado a um tema. Se muitos adere a um tema altamente erótico, qual é a culpa do gênero nisso? É como não permitir o namoro de sua filha com um jovem só porque ele curti o Funk (alá MC Fininho - Amor Proíbido).

Dá uma pesquisada em "funk consciente" e veja os jovens mandando letras realistas e não-vulgares. Você pode se surpreender.

Eu já não tenho filtros para gêneros, vai do Punk Inglês do Sex Pistols, aos ritmos do Calypso, guinando para o Speed Metal do Blind Guardian e retornando ao Forró de Frank Aguiar. Logo, música é música, quando bem executada. :D

 Funk?! Ah o funk... O que podemos dizer sobre isso? Pornografia auditiva? Falta de criatividade ou puro "brasileirismo escroto"? Bem,na minha humilde opinião, esse gênero teve o seu fim quando chegou ao Brasil. Este é o único pedaço de terra do planeta onde as pessoas não precisam fazer alguma coisa realmente produtiva para ter isso reconhecido como "trabalho". E o pior,isso esta supervalorizado.

Acho que essa discussão sobre funk poderia levar dias e dias,mas sinceramente eu não tenho palavras para descrever o quão ridículo o ser humano possa se tornar em busca de atenção. Apesar de não ter visto o vídeo - e me recuso a fazer tal coisa - somente pela descrição já é possível ter uma ideia do que está por vir.

Sobre os quesitos sociais do funk,minha opinião é a seguinte: Quando não fala de putaria fala de drogas ou armas,mas raramente não fala de putaria. A maneira mais "suja" de se conseguir atenção,talvez por não ter mais nada a oferecer. Visto no Brasil como "cultura" por que essa versão de funk foi criada aqui. Se tivesse sido  em qualquer outra parte do planeta (quais são as chances disso?), acho que nenhum brasileiro escutaria isso.

Sobre os quesitos musicais... Estilo praticamente igual para todas as musicas,mesmo ritmo. Variações imperceptíveis na velocidade do ritmo,dando a impressão de que continua a mesma droga. Sobre a letra eu não acho necessário comentar por que eu acabaria tendo um infarto de tanto descontentamento por isso ser considerado "arte".

  Bem,lembrando que essa é minha opinião sobre o gênero musical,não sobre as pessoas que o escutam. Eu conheço pessoas que ouvem funk e nem por isso são retardados. Conhecem as funções de um fone de ouvido (Glorifiquem de pé!). Mas concordo que a maioria e o tipo de pessoa que escreve DeEs´SSe jéIIto0, só pra mostrar os efeitos do funk sobre a sua sanidade mental. Bom,finalizando. Eu acho que é incrivelmente raro se encontrar um artista ligado ao funk que tenha realmente algo bom a oferecer,como o Panda acaba de postar,porém o gênero continua dominado pela legião de 'HUEs'.

Uma visita ao Museu não é interessante quando você faz parte da exposição.

@faherya: Eu pensei assim por um (breve) momento, mas eu percebi que isso era resultados dos indivíduos ao meu redor. Nenhuma pessoa consciente, que escuta músicas "decentes" vai colocar a caixa de som do carro no último, ou ligar a porcaria do celular no viva-voz no ônibus, por isso a parte boa da coisa acabamos não ouvindo. Isso nos dá a impressão que a grande maioria é eroticidade e ostentação, mas na verdade a coisa é bem equilibrada (como tudo no mundo da música).

Culpa do MC Tetinha e do cara no busão que temos a impressão que a maioria é ruim. XD

Mas no caso, Kyo, temos que olhar pela maioria. O "lado negro de funk" é muito mais superior ao lado bonzinho. Para cada uma música boa de funk temos umas dez ruins. Por exemplo, eu gosto muito daquela música antiga do MC Sapão "Eu Tô Tranquilão", também o "Rap da Felicidade" e o "Rap do Silva". Mas hoje o que vemos é o domínio de letras com nenhum sentido, ou então que fazem apologia ao crime e as drogas. Só repetindo, não falo que toda música de funk é ruim, mas na atualidade a maioria das músicas é.

EDIT: Fui atropelado duas vezes, esse meu comentário é referente ao primeiro do Kyo.

Viva a lenda!



@Vincent: Ele não é a maioria, ele é o que você mais escuta, graças à influência que ele exerce nos jovens. Busque as músicas e escute, tem funk pra caçamba para equilibrar a parada. Mas se seguir o cara da caixa de som, o cara do busão e a mídia, está lascado.

 O que acontece e que a pequena quantidade de musicas de funk "descentes" estão soterradas em toneladas e toneladas de musicas das que conhecemos. Isso acontece em todo gênero mas o funk ganha disparado no nível do soterramento. Até hoje nunca ouvi alguém ouvir funk "descente" por perto. Isso cria um certo "repelente" para quem quer pesquisar e talvez encontrar algo bom no gênero.

"Por que pesquisar se tudo me parece tão igual?"
Uma visita ao Museu não é interessante quando você faz parte da exposição.

Pequena não, grande quantidade de músicas decentes. Mas concordo que a mídia colabora, e muito, para manchar a imagem do gênero, pois é só isso que ela faz, "mancha" as coisas. :(

EDIT: E pessoas decentes usam fones para ouvir músicas decentes. XD

Não li os comentários anteriores, então se estiver falando a mesma coisa que alguém, desculpe. Incrivelmente, também não tive reação alguma ao ver esse vídeo lixo. Nada mais me espanta.

Eu geralmente costumo me estender em tópicos de debate e opiniões como este, mas serei, especialmente, bem curto hoje, até porque, quando se trata de funk, não há muito o que dizer. Acho que vou ficar te devendo a resposta dessa pergunta, Vincentão. Sou incapaz de gritar ou de escrever um "PUTA QUE PARIU, ESSA PORRA É INTOLERÁVEL!" alto ou chamativo o suficiente para expressar toda minha raiva por essa merda. Claro que isso invadiu as festas e as ruas, e, vez por outra, somos obrigados a aturá-lo, mas não deixa de ser uma grande tortura.

Por fim, não sei como isso:
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Pôde virar isso:
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Deprimente.

23/11/2013 às 13:06 #10 Última edição: 23/11/2013 às 13:10 por VincentVII
Claro que se pesquisar a gente acha, Kyo, mas como o faherya acabou de dizer: "O que acontece e que a pequena quantidade de musicas de funk "descentes" estão soterradas em toneladas e toneladas de musicas das que conhecemos". Eu continuo dizendo que tem mais funk ruim do que bom porque é esse que a gente vê circulando por aí em sua maioria. Quando começa a tocar um funk por onde quer que eu vá (seja ônibus, bairro residencial, lojas e  bailes) é praticamente algo do tipo: "Sou foda! Na cama eu te esculacho..." em vez de "Era só mais um Silva, que a estrela não brilha..."

EDIT: Atropelado outra duas vezes de novo, mas o comentário do Kazu exemplifica bem melhor a minha opinião sobre a situação do funk atual.

Viva a lenda!



23/11/2013 às 13:08 #11 Última edição: 23/11/2013 às 13:17 por K.A.O.S
  Vou resumir o que tive que fazer por conta do funk(ou de quem ouve): Parei de ouvir rádio. Mas claro que o sujeito consegue ser escroto o suficiente pra passar na rua, no meio da noite com a porcaria do som alto tocando essa poluição sonora.

Até concordo que não se pode julgar o gênero por conta de alguns, mas ainda não conheci um único sujeito que escuta isso com a porcaria de um par de fones ou em volume satisfatório(A.K.A apenas pra ele mesmo ouvir). E sobre o vídeo, novamente... Brasileiro adora glamorizar a porcaria, o lixo, o entulho da sociedade. O incrível mesmo é que essas porcarias influenciam tanto a vida de alguns que meu deus do céu... Da até pena ver como algumas pessoas agem. O funk antigo até que era engraçado e 'curtível' mas hoje em dia não consigo se quer pensar nessa hipótese.

--edit--

Teve um dia que não consegui dormir devido a um grupo de desocupados ouvindo isso nas alturas. Eu tinha um trabalho imenso pra fazer no dia seguinte, quem disse que tive condições de fazer? Já devo ter denunciado uns 2 ou 3 aqui por ter feito isso,a mas os caras voltam... Parece que tem 'sangue ruim' nas veias.
Clique nas imagens p/ visualizar as aulas



  O problema real do funk é que NADA nem NINGUÉM colabora para que as musicas boas façam sucesso ao invés das ruins. Mídia em geral e etc. A única vez em que eu me lembro que houve uma música de funk boa - o Vincent me fez lembrar - é essa música que ele citou um trecho que tocava em uma rádio do GTA IV. Mesmo assim,esse foi o único lugar em que eu ouvi essa música. 





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Observação: Eu adoro participar dos debates do CRM,deveríamos fazer isso mais vezes. :wow:
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Uma visita ao Museu não é interessante quando você faz parte da exposição.

23/11/2013 às 13:13 #13 Última edição: 23/11/2013 às 13:15 por Kyo Panda
Culpa da maldita mídia que coloca a "ostentação" no pedestal. E só vou falar mais uma vez antes de ir aí na frente da sua casa com o Mr. Catra no último (:B): O que mais você escuta e vê é essa parada aí, mas ela não constitui a maioria, pelo contrário, se tiver a tendência de procurar bandas indie, de qualquer gênero, sabe que o acervo deles é extremamente maior do que a propagada pela Mainstream Media.

A grande maioria do que é nos empurrado pela mesma tende a ser errado (sou meio conspirador).

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23/11/2013 às 13:24 #14 Última edição: 23/11/2013 às 13:27 por VincentVII
Ok, esquecendo o papo de quem tem mais e que tem menos (mesmo assim eu voto que tem mais ruim) o importante é o que é tocado. Não adianta existirem músicas boas se o que fica sendo repassado para gente é sempre a parte lixo. Tipo assim, imagina que você viva num lugar onde só te servem peixe. Do que adiantaria existir carne se a única coisa que te dão é peixe? Mesma coisa com o funk, o que nós "servem" são essas músicas com batidas repetitivas e letras sem conteúdo.

O "baixo funk", vou chamar assim de agora em diante pois me parece mais politicamente correto, é o que circula por aí. É esse que a gente ouve tocar, é esse que tá influenciando essa juventude. Ele que é a raiz do problema pois é ele que se tornou o padrão, aquilo que a gente usa para comparar com o resto. Se você falar funk o pessoal vem lembrar logo do MC Catra, do Créu, de coisas assim desse tipo e não das outras versões. Então se cria o esteriótipo do funkeiro ruim e sem noção. É uma visão errada? É, mas é a visão que costumamos ver por aí.

Viva a lenda!