Armário

[JackFrost]

Já tava irritado comigo mesmo por nunca conseguir terminar de escrever nada, sempre via que tava ruim e apagava tudo. Decidi escrever algo de uma vez e saiu isso aqui embaixo.

John já estava em seu limite, faz uma semana que um irritante barulho sai de seu armário e aumenta cada vez mais, ele já conversou com o vizinho e nenhum barulho saia de seu apartamento, o síndico nada sabia e ninguém estava disposto a abrir a parede embora o som seja ouvido por qualquer um.
Em uma noite de terça ele estava deitado em sua cama, ouvindo o som com que estava quase acostumado, ele teria que viver com aquilo? Começou a ponderar coisas do tipo e ficou furioso com o Universo por fazê-lo passar por aquilo, pegou um martelo antigo que havia debaixo da pia e andou até o armário, abriu sua porta e encarou o fundo marrom por apenas alguns segundo que eram o suficiente para mirar, levantou a ferramenta e desceu o braço com toda a força que podia fazer e assim o fundo gerou uma rachadura que cobria pouco do espaço, mas era possível ver uma luz roxa vindo através dela, não podia se identificar nada pela finura da rachadura e então ele continuou a bater até poder retirar completamente o painel, assim ele viu o que havia lá.
O portal não era tão grande, era aproximadamente do tamanho do tórax de John, que encarava aquela luz roxa fixamente sem saber qual seria sua reação para aquilo. Sem saber o que estava fazendo, ele atirou o martelo contra o portal e viu este sumir para dentro da luz.
  – Diabos! Por que isso foi acontecer logo no meu armário?!
John andou pelo quarto, estava nervoso e o suor descia pelo seu pescoço, após alguns minutos o pijama azul estava encharcado. Quando parou, pegou o telefone e discou o 911, a atendente falou com uma suave voz:
– Alô, qual a emergência?
– Eu não posso falar, ninguém iria acreditar, apenas venham logo!
– Senhor, eu preciso de algo para o registro...
– Apenas venham! Avenida Elroy, no prédio La France, o número do apartamento é 541.
Um afobado John desligou o telefone quando a atendente se pôs a falar de novo, ele correu de volta para o armário e observou o portal com mais curiosidade que nunca, chegou a dar um leve toque para sentir e seu dedo saiu um pouco, em um susto inicial retirou a mão apenas para colocar de novo logo depois, a mão entrou toda e um pequeno empuxo era sentido, ele foi colocando o braço até que subitamente foi fortemente puxado para dentro pelo que parecia ser o próprio vento, ele lutou mas seu corpo entrava cada vez mais até que ele podia ver tudo da outra dimensão, melhor dizendo: podia ver o nada da outra dimensão. Era apenas um grande vazio ocupado apenas pelo estranho vento e um martelo, ele tentou lutar contra tudo aquilo mas John entrava cada vez mais na dimensão e então seu pé escorregou e ele estava em queda livre infinita, seus olhos se encheram de lágrimas enquanto via o portal se afastar cada vez mais, todos os seus sonhos terrestres haviam ido simplesmente embora graças ao seu interesse no novo mundo, ele virou e abraçou o ar, para ficar naquele estado de choque para o resto de sua vida.

[Strato]

Depois de ler o texto posso entender o porque da irritação: Tudo muito previsível e não muito convincente.
Queria entender melhor para qual gênero esteve escrevendo este texto.Eu pelo menos poderia deduzir desde comédia à terror.
Gosto desse seu tipo de narrativa por ser simples de compreender,mas acho que você precisa criar/descrever e envolver melhor o universo,cenários e pessoas.Quebrar um pouco da linearidade dos acontecimentos.Talvez você o tenha feito com pressa(?),mas é um prelúdio pelo menos.

Acredito que você poderia explorar outros objetos e situações.Armários não soam muito interessantes - pelo menos para mim.O protagonista poderia ligar para uma amiga ao invés da policia,tendo em vista que as autoridades provavelmente não acreditarão nele.É um exemplo.

Resumindo minha opinião,precisa polir bastante ainda para qual finalidade escreveu.