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Prazer, Universo.

Iniciado por zodv, 09/02/2014 às 20:38

   No início, era tudo iluminado. Não durou muito. Aquele ser sentia sua visão incomodada pelo claro. Fez um pequeno esforço para tentar enxergar melhor. Um pontinho pre-to se fez na sua frente. Ele havia gostado daquilo. Tentou focar no ponto recém-surgido. O pontinho cresceu, ele se divertindo com a situação. Olhou fixamente uma vez mais para o ponto, que agora se fazia num círculo, mas, dessa vez, com muito mais concentração. A imagem se expandiu exponencialmente, tendo tudo à sua volta se tornado negro, um breu inimaginável.

   A visão ficou um tanto perturbada por conta da Escuridão Absoluta. Mal sabia ele que tinha acabado de criar o plano de fundo de um Universo. Após determinado tempo impossível de se precisar, a Escuridão começou a incomodá-lo. Ele cogitou a possibilidade de criar um pontinho branco do mesmo jeito que criou o primeiro pontinho, preto. Novamente se concentrou, focando em um único lugar da pretidão total. Apesar do esforço, nada conseguiu. Tentou uma segunda vez, com mais intensidade. Nada. Começou a ficar preocupa-do. Será que um ser tão sozinho como aquele merecia ter seu infinito futuro destinado àquilo? Não, algo estava errado. Mais uma vez se concentrou, acumulando muito mais energia do que antes. Novamente, nada aconteceu. Um sentimento novo o habitava: pânico. Não, não queria ter feito aquilo. Só apenas criou a escuridão para aplacar um pouco a dor da vis-ta. Tentou se acalmar. Dessa vez usaria toda a sua força para criar ao menos um pontinho branco luminoso, para servi-lo de bálsamo no meio da Escuridão Absoluta.

   Mais um intervalo de tempo impreciso. Encarou a Escuridão que há pouco criara e despejou nela toda a sua energia, como quando se entrega totalmente por uma causa nobre. Uma explosão luminosa tomou conta de tudo, mas logo se findou. Diversos pontinhos luminosos habitavam agora aquele lugar, que havia sido delimitado por três dimensões de espaço, bem como tempo. Um Universo inteiro criado por uma explosão. O contraste dos pontinhos brancos, no fundo preto, o agradara, agora, possibilitando-o de viajar e se movi-mentar. Porém, logo reparou uma coisa curiosa. A cada movimento seu, ele reconhecia pontinhos brancos semelhantes, como já vistos. Só aí reparara que ele era cada um dos pontos luminosos. A explosão havia sido a explosão de si mesmo, que não só criara infinitos pontos luminosos, como também aumentara exponencialmente o tamanho da Escuridão, infinitamente maior que os infinitos pontos. Esta, por sua vez, virara o lar dos pontos luminosos, acolhendo-os como que em um perfeito encaixe de engrenagens.

   A explosão não o havia machucado, mas sim, o fragmentado. Isso não o incomodava nem um pouco.
   Mais tarde essa explosão viria a ter um nome, bem como tais pontinhos, os Astros do espaço e a Escuridão Absoluta, que passaria a ser chamada de "massa escura". O conjunto seria chamado Universo. Mas um nome que seria conhecido em todo o local onde tivesse vida era o da Grande Explosão. O Big-Bang.
Zodv


Knew for zod!

Há juro que até a metade do texto eu pensava que a historia se tratava de uma analogia para representar
o processo de criação (um texto, uma música algo assim) mas depois reparei que se tratava da historinha
do universo, eu gostei ficou legal, belo trabalho.

Fascinante cara, eu gostei kkkkk!!!