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Conto - A aventura de koji

Iniciado por Pandamaru, 31/05/2014 às 21:03

Olá makers!

Esse é um conto que escrevi certa vez, como estava aqui sem uso no meu pc eu decidi expô-lo. Está a crotério de vocês avaliar o meu estilo de narrativa que, já mudou muito desde quando eu escrevi este conto, mas mantém ainda as mesmas bases.

Aproveite:
PS: é um conto inteiro, então... é meio grande.

A aventura de Koji e Ryu
Em uma singela aldeia vivam pessoas comuns em suas vidas pacatas, os aldeões passeavam pelo centro mercantil carregando em carroças suas mercadorias para a venda, crianças brincavam nas ruas e os guerreiros treinavam nos dojôs de seus clãs. A vida ali passava lentamente, o velho ancião administrava o lugar, seu cargo era de prefeito e em suas mãos estava a lei e a ordem, os clãs ninjas e samurais que vivem naquelas terras tem o dever de protegê-la aos comandos dele e aquele dia primaveril ainda aguardava muitas surpresas.

O prefeito tinha dois filhos, Koji e Roto que se diferenciavam em muitas coisas; Koji era um exímio espadachim enquanto que Roto preferia a politica, Koji era magro, não muito alto, usava um quimono com uma franja que cobria seu olho esquerdo e sempre amarava seus longos cabelos em um rabo de cavalo, mas seu irmão mais velho preferia vestes mais caras e comportadas, seus cabelos sempre curtos e a aparência sempre bem cuidada. Ainda mais naquele dia em que iria se casar com Mai Ling, uma bela e jovem mulher pela qual Koji sempre se perdia em pensamentos.

Aquela estava sendo uma manhã muito corrida, o prefeito estava com um grande problema nas mãos, mas não queria de jeito algum que seus filhos soubessem disto e tratou de sair bem cedo para resolvê-lo diretamente com os clãs protetores, dentre eles o clã Zekaho, onde Ryu que ainda era um aprendiz foi quem abriu a porta do dojô. O velho prefeito adentrou ao lugar e assim que foi levado ao líder daquela família ficou com ele em seu escritório sem lembrar de que aquele dojô era frequentado por Koji, Ryu e ele sempre treinavam juntos e eram grandes amigos.

No mesmo momento Roto estava fazendo várias correrias pela casa arrumando os preparativos e cuidando de todos os afazeres o que estava deixando Koji extremamente entediado na varanda da casa, ele nem mesmo podia ficar ali sentado a olhar os patos na lagoa sem ter alguém o mandando carregar ou pegar algo, coisa que ele não fazia de jeito algum. Em dado momento mais de seis pessoas vieram em menos de um minuto pedindo, não, ordenando que ele fizesse algo e por fim reclamaram por ele não ter feito. Koji bufava aborrecido e entediado até que decidiu por sua bokken na cintura e deixar aquele inferno para treinar no dojô.

Era ainda de manhã quando Koji passeava pelas ruas da aldeia curtindo o silêncio que estava ali, mesmo com cavalos e carroças as ruas eram mais calmas que sua casa, ele seguiu para o dojô calmo e bem mais a vontade do que estava na varanda até ver a casa da Mai Ling onde cheio de curiosidade foi ver o que acontecia por lá, teve uma surpresa aio ver que diferente de seu irmão ela não estava alucinada com a festividade, na verdade estava tudo como sempre na casa dela. Koji entrou e cumprimentou a matriarca, senhora Ling e depois foi ver a futura cunhada que estava a cuidar dos afazeres domésticos com um grande sorriso, ela estava como sempre, seus cabelos vermelhos presos e vestindo roupas um tanto masculinas já que os vestidos atrapalhavam-na nos afazeres domésticos, ela já era uma mulher feita com seus 30 anos grande corpo com grandes curvas de invejar qualquer mulher e enlouquecer qualquer homem e até garotos, era muito dócil e gentil com aqueles que mereciam como fora com Koji ao vê-lo observá-la.
Após contar que estava uma balburdia em sua casa e que por isso decidiu deixa-la naquele dia Koji perguntou a Mai como ela se sentia com tudo aquilo e teve uma resposta simples, ela estava feliz, mas com certeza a irmã mais nova de Mai estava ainda mais feliz ao ver Koji, Sui Ling tinha apenas dez anos e sempre que via Koji fazia a mesma coisa, saltava sobre suas costas gritando seu nome e puxando os seus cabelos, mas o que espantava Koji, além de odiar a garota, era como ele mesmo com todo o treinamento samurai que recebia no dojô Zekaho não conseguia prever quando ela iria fazer tal façanha. Isso na verdade se sucedia por toda a família Ling ser um clã vivido de ninjas, um clã secreto que apenas poucas pessoas da aldeia sabiam, um clã de Kunoites e Shinobis que treinavam todas as noites em meio as casas e durante o dia nas instalações simples substituindo treinamentos físicos por afazeres domésticos que resultava numa eficácia igual.
Assim que se livrou da "pirralha" como ele chamava a irmã de Mai, Koji se dirigiu ao dojô Zekaho onde encontrou Ryu treinando num boneco de palha e tratou de ataca-lo, mas o mesmo pode se defender rapidamente, os dois então travaram uma batalha divertida cheia de risos e insinuações seguidas de golpes com as bokken que terminaram quando Ryu falou a Koji que seu pai estava ali a conversar com o sensei. Os dois então foram até o parapeito da janela do escritório onde o sensei e o prefeito conversavam e ouviram-no pedir a ajuda do clã para proteger a aldeia de um ataque que foi previsto pelos postos avançados nos bosques longínquos, o sensei então aceitou o pedido e disse que mandaria seus melhoras aprendizes para as linhas de defesa mais próximas a aldeia enquanto também contataria os clãs maiores para ficarem na linha de frente, pois estes eram melhores equipados e mais numerosos.
Koji ficou pensativo, ele Ryu e mais sete pessoas eram os únicos membros do dojô Zekaho, mesmo contando o sensei. Então um sorriso veio ou seu rosto, uma alegria por ter de deixar o casamento do irmão e ter de ir lutar, era tudo que ele queria e foi isso que levou-o a adentrar o escritório e agradecer seu pai prometendo dar o melhor de si no campo de combate, mas o mesmo enfureceu-se, por dois motivos que ele tratou de explicar aos berros, primeiro o filho estava intrometendo-se em assuntos que não o diziam respeito e segundo que ele não iria ao campo de batalhas e isso já havia sido decidido antes de Ryu e Koji chegarem para ouvir a conversa.
O prefeito não quis ouvir a réplica do filho e se retirou deixando-o sobre os cuidados do sensei que tratou de puni-lo e ao Ryu por bisbilhotarem aquela conversa, ambos tiveram de limpar o dojô inteiro com um pequeno pano cada, o que com certeza demoraria o dia todo e os deixaria fora do combate que haveria de acontecer em poucas horas, tanto Koji quanto Ryu sentiram-se contrariados e não queriam saber de limpar o lugar, mas ficaram lá até que o sensei saiu para tratar com os outros clãs da aldeia.
Koji e Ryu não esperaram nem meio minuto e trataram de planejar fugir daquele castigo carregando suas katanas de treinamento para irem enfrentar os oponentes fora da aldeia, mesmo sabendo que o sensei não os deixava usar as katanas sem sua supervisão, pois o mesmo acreditava que eles ainda não estavam prontos para usar espadas de metal.

Era por volta do meio dia quando os armados e trajados samurais partiram da aldeia pelas estradas secundárias para os campos e bosques dos arredores sem que a noticia da batalha se espalhasse, na mesma hora Koji e Ryu estavam saindo da vila por trilhas conhecidas por eles e pelos outros jovens da aldeia, mas acabaram se deparando com algo que deixou Koji grandemente enraivecido, ali em meio a campina, atrás de uma cerejeira com folhas rosadas estava Roto com uma garota, ambos com poucas roupas a acariciar-se na sombra da árvore enquanto dividiam um almoço.

Koji avançou com insultos sobre o irmão que replicou com arrogância dizendo que não era para ele estar ali, porém Ryu teve de interromper a briga apontando para o bosque próximo de onde criaturas estavam a surgir, eram Orcos vindos de terras longínquas que estavam com o intuito de atacar aquela aldeia.
Koji e Ryu logo sacaram suas katanas e bloquearam os primeiros seres que avançaram com suas espadas e machados sobre eles, rapidamente os dois conseguiram derrubá-los e já estavam a gladiar com os outros. Roto pegou a garota que tinha a idade de Koji e voltou pela trilha para a aldeia seguindo as ordens que seu irmão o dava aos berros, os dois amigos lutaram fortemente usando tudo o que aprenderam no dojô para suprir o ataque, mas não era o suficiente os seres logo os derrubaram os deixando sem resposta os matariam se Sui Ling não surgisse do alto da cerejeira acertando cada criatura com uma kunai em seus pescoços. Ela estava vestindo uma indumentária rosa que a deixava invisível em meio as flores de cerejeira e essa foi a sua sorte.
Koji se espantou ao descobrir que o clã Ling era composto por ninjas, mas isso o deixou feliz, pois sabia que seu irmão de uma forma ou outra iria pagar pelo que fez, além de finalmente ter descoberto por que não conseguia prever os ataques da garota; Os três então voltaram ao combate tendo o auxilio da rápida e esperta Sui que só estava ali para vigiar Roto, mas agora se divertia lutando ao lado de Koji e Ryu.
A luta seguiu tarde adentro até que por volta das seis horas as criaturas pareciam ter se esgotado, aqueles que ainda caminhavam fugiram carregando os feridos para o bosque enquanto que os três jovens comemoravam, cheios de ferimentos leves e médios, mas felizes por terem vencido o combate no que os dizia respeito.

Assim que eles voltaram à aldeia o lugar estava em festa pela vitória mais Mai chorava numa escadaria próxima a entrada, assustou-se ao ver a irmã ferida, mas nem isso era maior que sua tristeza por ter sido abandonada no palco, os três então a contaram o que havia acontecido e todas as lagrimas de Mai secaram sobre o calor de sua raiva. Ainda naquele dia Koji voltou a casa onde foi abraçado fortemente por sua mãe e recebeu uma tapa no rosto dado pelo seu pai junto de um sermão por ter desobedecido as suas ordens, mas que virou um elogio pela sua eficiência em contraste com os xingamentos que o prefeito soltou ao falar de Roto.

A manhã seguinte foi dolorida a Ryu e Koji que ainda tiveram de limpar o dojô, mas agora o pano que usariam tinha a metade do tamanho, por terem desobedecido ao sensei, além de terem de pagar em diversas outras formas cansativas. Mai usou suas habilidades ninjas durante a noite e encontrou seu "ex-noivo" numa taverna com a garota que provavelmente era o motivo dele ter a abandonado, mas não o fez nada já que conhecia a garota e sabia que a mesma não o amava como ela mesma achava que amava. Era uma oportunista que iria se aproveitar dele e Mai sabia que a melhor penitencia a aquele cafajeste era deixa-lo com tal garota.
Mai então visitou o dojô Zekaho naquele dia com sua irmã, a qual estava com alguns curativos na face, braços e pernas resultantes dos ferimentos na batalha, ela veio agradecer aos dois que lutaram ao lado de sua irmã ao invés de manda-la de volta a vila, pois sabia que a mesma não o faria. Os ninjas também não fogem a luta foi as palavras que ela usou, Mai abraçou fortemente Koji que se sentiu extasiado naquele momento deixando sua face sempre séria expressar um grande sorriso de satisfação pelo agradecimento de Mai, já Ryu preferiu rir da cara do amigo, mas teve de aguentar o salto e tapas que Sui o deu da mesma forma que fazia a Koji.
Assim que as duas saíram os dois voltaram aos seus castigos, só que mais animados, pelo menos Ryu que ficou a encher Koji com insinuação sobre ele e Mai, mas teve de aguentar Koji inventando coisas sobre Sui ter saltado sobre ele ao invés do que acontecia de costume...