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Como escrever sobre ficção científica!

Iniciado por 木村 かな, 20/07/2014 às 15:05

Só querendo lembrar que não foi eu que escrevi esse texto, ele foi criado por Rafael Bemerguy. E foi retirado da WikiHow.


Encontre um tópico genérico. Isto se aplica a qualquer livro. Você precisa conhecer alguns fatos científicos para escrever Ficção Científica. Portanto, procure seu tópico em livros de ciência moderna, artigos e revistas ou converse com alguém que entenda de ciência. Escreva tudo que achar interessante até encontrar o tópico ideal para você.

Sempre se pergunte-se "O que aconteceria se...?". Lembre-se, é ficção. Pratique o tópico científico principal. Você pode extrapolar um pouco. Por exemplo, a ciência ainda não consegue clonar seres humanos. Mas, e se pudesse?

Decida qual será o conflito: Homem vs. Tecnologia, Homem vs. Homem, etc. Alienígenas são, provavelmente, os inimigos mais populares para livros de Ficção Científica (e a tecnologia é a arma mais popular contra eles). Porém, não tenha medo de fugir do padrão.

Escolha a ambientação e o período. A maior parte das histórias de Ficção Científica se passa num futuro próximo e envolve diversos planetas. Mas, como existem diversos tipos de ciência, não se sinta preso a este cenário. Lembre-se de permanecer dentro dos limites do período que você escolheu. Se sua história se passa 5 anos no futuro, é provável que ainda não tenhamos desenvolvido carros voadores.

Escolha seus personagens. Depois, escreva o perfil/esboço básico. Se você não é daqueles que gostam de esboços, mergulhe de cara no primeiro capítulo ou no prólogo. Boa sorte!

Saiba a diferença entre Ficção Científica e Fantasia. Ficção Científica tem a ver com ocorrências científicas que poderiam acontecer neste mundo, ou com alienígenas e invenções incríveis. Fantasia tem a ver com eventos impossíveis de acontecer nesse mundo. Esta geralmente envolve magia e criaturas mitológicas, tais como elfos e ogros.

Saiba a estrutura da história. As histórias têm a seguinte estrutura: um incidente ou conflito inicial que se transforma num "momento obscuro", no qual tudo parece estar perdido para o personagem principal, e finalmente o clímax, seguido pela solução.

Certifique-se de que você sabe de tudo o que seus personagens querem. Os personagens são impulsionados por um objetivo ou um desejo. Isto deve ser a fundação de seu comportamento. Por exemplo, um personagem que queira viajar para um novo plano de existência pode, na verdade, querer ganhar o amor e a admiração de um ser semelhante. O enredo da história será impulsionado por esse desejo duplo.

Abaixo umas dicas extras:
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Você pode combinar várias ideias diferentes para formar a base de seu livro. Não é necessário ficar preso a uma só ideia.
Não tenha medo de escrever sobre alguma coisa que provavelmente nunca iria acontecer. A ciência é a base, mas também é ficção. Então, você pode se distanciar um pouco dos fatos. A maior dificuldade é tornar seus personagens críveis.
Leia muitos livros de Ficção Científica antes de começar. Isto lhe dará uma boa noção. Alguns bons exemplos para iniciantes são Madeline L'Engle, Michael Crichton, Garth Nix, Philip Pullman, Margaret Peterson Haddix e James Patterson. (Nota: alguns destes autores também escrevem em outros gêneros). Para leitores mais experientes, as sugestões são Frank Herbert, Eoin Colfer, Isaac Asimov, Arthur C. Clarke, Orson Scott Card, Steven Baxter and Robert A. Heinlein.
Normalmente, sua plateia aceitará uma única grande violação da ciência da vida real. Escolha-a cuidadosamente e use-a para explicar outros eventos fantásticos e tecnologias no seu livro. Talvez você até consiga se safar ao "adaptar" as leis da física um pouco. O truque é criar uma diferença significante, mas de maneira a não deixar a tecnologia atual transparecer.
Não se sinta obrigado a colocar sua história no mundo físico que conhecemos. Muitas histórias de Ficção Científica obtiveram sucesso com mundos inventados.
Não tenha medo de escrever uma paródia do gênero. Um livro que muitas pessoas consideram o melhor livro de Ficção Científica de todos os tempos, "O Guia do Mochileiro das Galáxias", é uma paródia
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Agora uns Avisos:
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Muitos escritores do gênero em questão acham que seu personagem principal tem que ser cientificamente super desenvolvido. Isto não é verdade. Pessoas normais também servem.
Caso seu personagem principal (ou até mesmo coadjuvante) seja um cientista, cuide para não transformá-lo num gênio que sabe tudo sobre ciência. A ciência é multidisciplinar. Isto quer dizer que um biólogo pode não saber nada sobre robôs e vice-versa. Determine o campo científico que é a sua especialidade e limite seu conhecimento a esse campo. Ele pode saber algo sobre outros campos, mas um físico quântico não deveria dar conselhos sobre plantas alienígenas venenosas. Caso seu perito em ciência tenha que ser um "pau pra toda obra", certifique-se de que ele também seja um "mestre de nada".
Um cientista não é igual a um engenheiro. Um cientista consegue desenvolver teorias. Um engenheiro determinará se algo pode ser construído. Não faça com que seu físico (personagem) construa um dispositivo "do zero" com base em uma teoria de partículas que ele acabou de desenvolver. Normalmente, engenharia elétrica avançada não pertence à área de treinamento de um físico.
A ciência real não é nada dramática. Ela envolve muita papelada, comunicação e burocracia. Além disso, muitos cientistas vão para casa no fim do dia. Eles têm família, são solteiros, têm hobbies, têm vida amorosa, amigos, contas, hipoteca e todas as outras coisas com as quais todos temos que lidar. A maioria dos cientistas não são aventureiros arrojados como Reed Richards ou Bernard Quartermass. Também evite a descrição clichê ou o esquisito recluso e obcecado. Inspire-se em outros autores, mas não roube suas ideias. Isto pode não ser plágio, tecnicamente falando. Mas, depois de um tempo, vira clichê. Evite isso.
Quando você estiver com o "bloqueio de escritor", não desista de sua história. Dê tempo a ela. Se você desistir, se arrependerá mais tarde.
Não saia muito do fato científico. Você só consegue convencer as pessoas até certo ponto.
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