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Em Série

Iniciado por Nandikki, 22/08/2014 às 20:49

Fiz na sala de aula em uma atividade de redação, nessa atividade tínhamos que narrar, descrever, comentar um assassinato ou do ponto de vista da vítima, do narrador ou do assassino. O professor me deu uma boa pontuação mas eu fiquei meio que na dúvida... li novamente e pareceu mais uma série (Que trocadilho com o título,  :XD:). O que acham?


Em Série

   Saiu do trabalho, entrou no carro e seguiu pela Avenida São Paulo. Suas mãos tremiam, estava suando. Pensava no futuro de sua filha, em seus bens, em tudo. Nada mais lhe parecia ser algo positivo, com exceção do sinal aberto que pegou e o engarrafamento que evitou dobrando na esquina mais próxima. Ele sabia que seria a próxima vítima.

   Parou o carro, respirou fundo, desceu. Desceu naquela esquina vazia, sem nenhuma alma viva passando. Mas não se sentia sozinho, pelo contrário, sentia alguma coisa próxima a si, mas isso o arrepiava. O jovem sabia das ondas de assassinatos que ocorriam por toda a cidade, sabia também o perfil das vítimas. Mas apenas ele sabia. Apenas ele deduzira a ligação entre cada vítima, apenas ele.

   Um ruído veio de trás das latas de lixo. Seus olhos seguiam institivamente para o lugar do barulho, mas não encontrava ninguém, nem nada que pudesse culpar pelo barulho. Sua mente ficava confusa, sua expressão de perplexidade era esbanjada em sua face. Seu coração batia cada vez mais e mais rápido.

   De repente todo o barulho parou, as gotas de água que caiam em sincronia pareciam ter parado, assim como o opaco barulho dos carros na avenida. Um estranho se aproximou e com uma faca o rendeu. O susto foi imediato. Não gritou, teve sua garganta cortada. Não reagiu, estava assustado demais. Quando tentou correr já era tarde, suas pernas estavam amarradas e seus braços também, sua cabeça estava inclinada para que seus olhos pudessem ver passo a passo do assassinato. A tortura encerrava, enfim, com a faca enfiada em seu peito. E acabava, então, mais um dia na grande São Paulo.

Sinceramente... não sei se foi pra você que falei isso, mas
se foi vai ouvir de novo. Minha professora adoraria ter você na sala dela. Você escreve muito bem, o modo como descreve uma ação é incrível.

Não sou muito bom nessa área, então não posso lhe dar uma crítica ou dica
para ajudar a melhorar. Mas pra mim está 10 :blink:
Prazer, Terror dos Modinha

Obrigado, Makers. Que bom que gostou! Eu realmente tentei caprichar na descrição, afinal era o que pedia a atividade.

Ok, vamos lá! A parte da descrição ficou boa, mas há alguns pontos que eu achei que ficaram ruins.

Começando pelo protagonista, é difícil se importar com ele quando o próprio cria a própria situação que vai causar a morte dele. Ele descobre o perfil das vítimas, o que lhe mostra que ele será a próxima vítima (essa parte ficou um tanto conveniente e mal explicada)  e em vez de procurar as autoridades desce em uma esquina vazia.

Na parte final também senti um pouco de incongruências. A vítima tem sua garganta corta mas ainda fica plenamente consciente. Ele tenta correr, mas suas pernas estavam amarradas? Sem mais nem menos? Se tivesse falado que ele sentiu uma pancada na cabeça e acorda amarrado tudo bem, mas da forma que foi escrita ficou confuso: o assassino corta a garganta dele mas ainda fica vivo e é amarrado magicamente.

Enfim, diria que ficou mais ou menos!

Viva a lenda!



Oi, Vincent! Obrigado pelo comentário! Bom, tentei criar um mistério a cerca do protagonista, mas acabei não desenvolvendo muito bem. Sobre o corte em sua garganta, está tudo lógico, algo do tipo impede o grito, dependendo da gravidade impossibilita a fala, mas não deixa alguém inconsciente. Enfim, agradeço sua avaliação!

Ah, diga-se por passagem, o assassino não é um humano.