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Sodomitas [+18]

Iniciado por Cadô, 07/01/2016 às 18:38

07/01/2016 às 18:38 Última edição: 09/01/2016 às 20:12 por Cadô
Para se adequar às regras do fórum algumas palavras foram adaptadas para o termo cientifico

Não confunda erótico com pornografico



         No dia que antecedeu ontem, veio ela, Mari. Pediu-me que a encontrasse uma rua abaixo, porque estava a minha espera. Botei um short e fui ao seu encontro. Chegando na encruzilhada que caracteriza a minha rua, avistei-a. Corpo cheio, muitas curvas, peitos fartos, quadris largos. Silhueta fina o suficiente apenas para dar o contraste harmônico com o resto do corpo, dando o contorno de um violão, melhor, de um violoncelo. Cabelo negro e liso, olhos amendoados.
         Falava seriamente ao telefone, não dirigira sequer o olhar a mim. Fomos caminhando em silêncio a minha casa. E quando fechei o portão da garagem atrás de mim, agarrou-me com força contra o muro.
         Irracionalmente ou não, o ano de 2015 foi um ano em que invariavelmente a modelo de capa da revista ficou em segundo plano. A garota gorda com curvas foi quem me atraiu. Invariavelmente. Não digo obesidade, por favor, tente visualizar, digo garotas gordas, com uma pele flácida, opostas às modeletes com peito e bunda durinhos.
         Conduzi-a até o quarto, e vi que queria conversar. Parecia-me mais parte de um tipo de protocolo do que algo que possuía um interesse intrínseco. Era claro que aquele ritual de diálogo era um meio para atenuar uma possível culpa depois. Para, em sua mente cheia de rótulos e esteriótipos, não haver o conflito da ideia pre-concebida e do ato em si. Como se sua moral fosse uma herança de um regime fechado e ditatorial; a liberdade sexual da mulher era algo inimaginável ainda, e por assim dizer, o que estava sendo realizado naquele momento seria passível de intensos ataques do seu próprio super-ego, martirizando-a e fazendo-a sofrer posteriormente.  Pobre garota. Não podia ajuda-la entretanto... Meus próprios demônios atormentam-me a cada reflexão dada. O melhor para nós dois, no caso, era o silêncio e a transa, consequentemente. A válvula de escape, a saciação do desejo, a libertinagem...
         Quando finalmente estávamos nus, parei um instante e pedi que levantasse. Que virasse e fizesse trejeitos enquanto eu, sentado, admirava-a. Seu corpo causava-me um fascínio diferente daquele das mulheres nos vídeos pornôs. Seu corpo não era escultural, seus largos peitos, devido a gravidade, caíam sobre seu dorso. O abdome era flácido e havia dobrinhas. Mas de certo modo era isso que me excitava, o excesso, e excitava-me de tal modo que acabava influenciando de forma determinante meu desempenho todas as vezes.
         Deitei-a delicadamente com a barriga virada para cima. Quando dirigia-me para o sexo oral, percebi um cheiro azedo, característico das vaginas. Entretanto, o gosto era agradável, facilitava o trabalho. Depois de perceber que estava lubrificada, tentei penetra-la. Sem sucesso, pois havia esquecido que ali eu não era o senhor, era um servo. Mari interceptou meu avanço com uma mão em meu peito, e jogou-me para trás. Agora era a vez dela. Sabia meu ponto fraco, os testículos. Espasmos perpassavam meu corpo como uma corrente elétrica alternada. Meus dedos dos pés contraíam, o peito inflava e os braços se contorciam. O mais difícil era não toca-la. Detestava que eu a encostasse enquanto fazia sexo oral, e o pior que foder a boca é uma das minhas partes favoritas do sexo.
          Finalmente permitiu penetra-la, por assim dizer. Senti o calor de sua vagina envolvendo-me  — é uma das sensações que mais me agrada, o calor próprio do órgão genital feminino — Algumas posições requeriam preferência e outras precisavam ser calculadas com precisão. Toda ocasião de transa com Mari, transcendia o ato em si. O sexo não era sexo, o sexo era uma soma de fatores e de variáveis que poderiam gerar prazer a ambos se, somente se, bem pensados. Sua bunda por exemplo, era tão grande que o sexo de 4 era algo que deveria ser realizado com extrema cautela, para não diminuir o frenesi. Transar com Mari requeria feeling.    
         Em contraponto à sua postura dominante, ela assumia poucas posições de controle. Seu papel era mais administrar o ritmo, a posição, e o "enquadramento", assim como toda a ambiência. De certo modo, agrada-la me fazia feliz também, já que entender todos seus nuances dava-me uma alegria egoísta de soberba.
         Depois de duas horas, ejaculei, finalmente, mas nunca havia de ser dentro dela. Apesar de tomar todos os contraceptivos possíveis, não confiava em nenhum, o que era cômico. Mais cômico ainda era ver que mesmo depois de ejacular, eu ainda continuava duro. Era impossível ver aquele corpo, sentir aquele cheiro, e não sentir tesão. Limpei-me, pedi para não se mexer, e continuei. Todas as posições possíveis. Gostava de inventar, de ver posições em que a penetração pudesse oferecer algo mais. Havia um jeito que eu costumava usar bastante, que era ficar por cima, ficar em posição de flexão, apoiar o peso de meu corpo nos braços, e utilizar o peso da gravidade para contrabalancear os movimentos pélvicos. Dava certo. Ou elas fingiam muito bem.
         Por incrível que pareça dessa vez não ejaculei de imediato. Por mais que tentasse, por mais horas que passassem, não conseguia, apesar do ritmo permanecer constante. Disse-me então que era para eu não me preocupar, inútil, porque não estava preocupado. Queria fazer-me um agrado. Mandou-me deitar. Minha glande estava extremamente sensível pelos movimentos brutos, pela ejaculação e pelo tempo prolongado que estava "protegido" dentro dela. Aquele sexo oral foi indescritível. Segurei-me nos detalhes superiores da cama para evitar um chute involuntário em sua face. Meus membros não me pertenciam mais, todo o meu eu era dela, ela possuía-me. No fim, com toda minha dominância, com todo meu esforço da performance, com todo meu pensamento controlador, foi ela quem meu comeu.

Hummnn...Interessante :lol:. As palavras bem colocadas, sem muitos erros gráficos.

Minha Nota: 8,0

Gosto muito de histórias assim ( Não sou fanático  :derp:)!
Parabéns  :clap:
Veja meu projeto em andamento (24/7/2016):


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Opa! Não entendi o que seriam os erros gráficos, gramaticais você diz? Quando disse gráfico, me veio em mente visual. Se puder aponta-los para que no futuro eu possa corriji-los...

08/01/2016 às 19:30 #3 Última edição: 08/01/2016 às 19:39 por eros2
Opa! Mais um ótimo texto. Devo dizer que de modo geral me agradou, mas certas coisas não ajudaram muito o texto a fluir em mim. Apesar de ser um texto erótico, como você mesmo avisou, gostaria que ele fosse um pouco mais solto. É difícil imaginar a intensidade da situação que você tentou criar quando você escreve assim: "O sexo não era sexo, o sexo era uma soma de fatores e de variáveis que poderiam gerar prazer a ambos se, somente se, bem pensados."

Junte isso ao fato de que você decidiu mudar certas palavras para se adequar ao fórum(talvez tivesse sido mais jogo apenas colocar um +18 no título) e seu texto acaba ficando demasiadamente formal, o que, como disse, não conseguiu passar para mim a intensidade da relação sexual retratada. Pode ser somente algo pessoal, talvez eu estivesse esperando algo mais selvagem na escrita, sei lá. Enfim, é isso.

Ah! Como estudante de psicanálise, me senti feliz ao ver o termo super-ego usado de forma correta.

Abraços!

-----Edit

gostei bastante dessa parte aqui:

"Seu corpo causava-me um fascínio diferente daquele das mulheres nos vídeos pornôs. Seu corpo não era escultural, seus largos peitos, devido a gravidade, caíam sobre seu dorso. O abdome era flácido e havia dobrinhas. Mas de certo modo era isso que me excitava, o excesso, e excitava-me de tal modo que acabava influenciando de forma determinante meu desempenho todas as vezes."


Legal a quebra de esteriótipos que você faz aí, independente de ser intencional ou não.


Sinta-se livre para usar as palavras que desejar, não estarás quebrando nenhuma regra da comunidade. Se ainda sentir necessário, basta acrescentar no título alguma notificação (os famosos +[18] ajudam).

O texto está maravilhosamente ótimo. E me prendeu do início ao fim. A forma como descrevestes tudo, e inseriu comentários no meio da narrativa, foi linda. O final me fez rir muito, gostei pacas.





@eros2

Que bom que gostou! Bem, como estudante de psicanálise, tem uns chistes que deixei pelo texto, como quando disse que não era senhor, referência a Freud que diz "Não sou senhor em minha própria casa", referindo-se a proporção do subconsciente e consciente.

Está bem formal, você tem razão. Se comparar com meu outro texto, a linguagem ficou totalmente diferente. Mas a vertente é diferente mesmo. Esse texto foi extraído de um diário, por isso a linguagem sempre em primeira pessoa e com reflexões no entremeio. Mas realmente, se eu mudar a linguagem, fazer uso de mais descrições da cena de sexo, tal qual meu outro texto, eu consiga outro resultado, diferente do atual.

@Nandikki
Ótimo, fiquei com medo de ser punido por conteúdo pornográfico. Os comentários narrativos, e reflexivos, são explicados porque o texto é um apêndice de um diário. Seria como eu recortasse um dia e postasse aqui na Centro.


Att, Cadô

Citação de: Cadô online 09/01/2016 às 20:19
@eros2

Que bom que gostou! Bem, como estudante de psicanálise, tem uns chistes que deixei pelo texto, como quando disse que não era senhor, referência a Freud que diz "Não sou senhor em minha própria casa", referindo-se a proporção do subconsciente e consciente.

Está bem formal, você tem razão. Se comparar com meu outro texto, a linguagem ficou totalmente diferente. Mas a vertente é diferente mesmo. Esse texto foi extraído de um diário, por isso a linguagem sempre em primeira pessoa e com reflexões no entremeio. Mas realmente, se eu mudar a linguagem, fazer uso de mais descrições da cena de sexo, tal qual meu outro texto, eu consiga outro resultado, diferente do atual.

@Nandikki
Ótimo, fiquei com medo de ser punido por conteúdo pornográfico. Os comentários narrativos, e reflexivos, são explicados porque o texto é um apêndice de um diário. Seria como eu recortasse um dia e postasse aqui na Centro.


Att, Cadô



Haha! Não notei o chiste! Também não sabia que estava também nessa jornada psicanalítica! Bom saber! Se me permite uma pequena correção, tome cuidado ao utilizar o termo subconsciente ligado a psicanálise, pois a psicanálise não utiliza esse termo. Freud divide o aparelho psíquico em três lugares: Inconsciente(Onde ficam as ideias recalcadas), Pré-consciente(Fronteira) e Consciência(parte mais externa do aparelho que possui ligação com realidade). É só uma dica mesmo, não é querendo soar pedante nem nada!

Abraços!

Citação de: Cadô online 08/01/2016 às 18:21
Opa! Não entendi o que seriam os erros gráficos, gramaticais você diz? Quando disse gráfico, me veio em mente visual. Se puder aponta-los para que no futuro eu possa corriji-los...

"Etimologicamente, ortografia quer dizer "correta grafia" (orto=correta). A rigor, portanto, deveríamos apenas dizer "erro gráfico", mas como a palavra "ortografia" é usada também no sentido de representação gráfica, é comum encontrarmos a expressão "erro ortográfico", também correta."

Eu disse que não á muitos erros "ortográficos",  praticamente nulo, diferente de historias amadoras.

Você é bom no que faz, parabéns!  :clap: :clap:
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